26/12/10
[Entrevista] Entrelaçados - Bárbara Lourenço, a Rapunzel Portuguesa
Através do Jornal de Noticias, foi possível entrevistar Bárbara Lourenço, ou por outras palavras a Rapunzel na versão Portuguesa, do mais recente filme de Animação da Walt Disney animation Studios - Entrelaçados
Aos 28 anos, a actriz e dobradora Bárbara Lourenço é já uma veterana das dobragens de animações em Portugal com 11 anos de experiência, destacando-se sobretudo em inúmeras produções de origem japonesa. O seu nome ainda não é conhecido, mas o seu talento é indesmentível e pode ser comprovado por todos quantos já tiveram a oportunidade de apreciar alguns dos seus trabalhos no mundo da animação.
Agora, cabe-lhe a tarefa de substituir Mandy Moore, a popular actriz norte-americana que dá voz à Princesa Rapunzel no original da Disney, na versão portuguesa, que já se encontra também em exibição nas salas nacionais, de Entrelaçados. Um dos grandes filmes da quadra natalícia, que se tem traduzido na corrida às bilheteiras (durante a sua estreia - de 5ª feira, dia 16 a Domingo, dia 19 - , no nosso país, foi visto por cerca de 100 mil pessoas), conseguindo o prodígio de conciliar o espírito original de Walt Disney com a nova tecnologia do Digital 3D. Bárbara Lourenço falou-nos sobre este seu novo trabalho.
Porque razão pensa que foi a escolhida para fazer este papel, que decerto terá sido desejado por imensa gente?Muito sinceramente, não sei. Fiz um casting com outras actrizes e a minha voz foi aprovada. Poderá ter sido pela associação com a original. O casting foi muito simples, muito rápido.
Quando decidiu participar nesse casting, quais eram as suas expectativas?Quando fui chamada, não fazia a mínima ideia para o que vinha. Sabia que ia ser uma longa-metragem de animação da Disney mas não sabia que ia ser a personagem da Rapunzel. Só percebi mesmo no próprio dia do casting. Mas procedi normalmente, como se fosse outro casting qualquer . Fiquei muito contente, é claro, até porque finalmente a Rapunzel ia ser uma princesa da Disney.
A colagem à voz da Mandy Moore foi uma ideia sua ou havia alguma necessidade técnica para que isso acontecesse?Um dos requisitos do casting era mesmo chegar a voz o mais parecida possível com a de Mandy Moore. Sinceramente nem foi preciso fazer muito para que isso acontecesse. Mas é claro que houve uma boa direcção de vozes. E foi assim que a Rapunzel ficou com esta voz.
Pode falar um pouco da sua experiência anterior, na dobragem e na representação?Comecei a fazer dobragens aos 17 anos. Já faço há 11 anos. Mas é a primeira vez que faço uma princesa da Disney. Estou super contente. E ainda por cima é o 50º filme de animação da Disney, algo com que não imaginava no princípio. Em termos de representação, fiz apenas teatro amador. A dobragem é a minha profissão, à qual me dedico a mil por cento.
Até que ponto diria que é parecida com a própria Rapunzel? Há alguma característica da personalidade dela com que se identifique muito?Claro que sim. Ela é uma personagem alegre, apesar da situação em que vive, presa numa torre há 18 anos. Não tem medos, é destemida e aventureira. E muito carinhosa. Isso encaixa em quase todas as princesas. E eu também tenho um pouco disso. Sou uma pessoa bem disposta, gosto de aprender e de desafios novos. Acho que somos mesmo muito parecidas.
Uma das mensagens principais do filme é conhecer o mundo à nossa volta, fundamental nos dias de hoje...Sem dúvida. As pessoas estão cada vez mais viradas para si e esquecem-se que o mundo é enorme. Há muita coisa para descobrirmos. É a mensagem principal, além da aventura e do romantismo, de uma forma até diferente da que é habitual nos filmes da Disney.
O que representa para si o universo da Disney?Cresci com as princesas da Disney. Com as histórias, as aventuras, as músicas. Além da Rapunzel, por motivos óbvios, as minhas princesas preferidas são a Ariel, de "A pequena sereia" e a Bella, de "A bela e o monstro".
É capaz de enunciar uma boa razão para ver a versão portuguesa do filme, em vez do original?As vozes ficaram muito boas, graças ao nosso director e a toda a equipa. Demos muita vida às personagens, as músicas estão maravilhosas. E, porque não ?, somos portugueses. Temos uma dobragem de grande qualidade. Já ouvi partes de outros países e a nossa dobragem é melhor do que a de muitos deles. E há que pensar nos mais pequeninos...
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